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Segurança Cibernética

Ataque Cibernético: Equipes do Irã e grupo Scattered Spider dominam engenharia social

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Segundo Ariel Parnes, ex-coronel do departamento cibernético das Forças de Defesa de Israel, as equipes cyber do governo iraniano e o grupo Scattered Spider têm mais em comum do que apenas um aumento recente na atividade de hacking. Ambos se destacam por suas habilidades em ataques de engenharia social, mostrando que cibercriminosos não precisam necessariamente de zero-days para causar danos.


Um exemplo icônico
Parnes, co-fundador e COO da empresa Mitiga, citou um caso famoso em Israel envolvendo uma seguradora que foi vítima de um ataque hackeado pela equipe iraniana em 2020. Os dados roubados incluíam informações confidenciais de cidadãos israelenses, incluindo funcionários do Ministério da Defesa.

"A força do ataque estava principalmente no impacto psicológico", destacou Parnes. "Eles conseguiram acessar dados sensíveis de cidadãos e amplificaram isso nas redes sociais, tornando essa a principal ferramenta de seu modus operandi."


Metodologia e ferramentas modernas
Parnes explicou que as equipes do Irã e do Scattered Spider usam técnicas como phishing direcionado, engenharia social para criar perfis falsos em plataformas como o LinkedIn e até invadem sistemas de água e combustível nos EUA, sem depois explorar plenamente a brecha. Em vez disso, eles ampliam o impacto desses ataques nas redes sociais.

"Não é preciso ser uma potência global ou ter zero-days", ressaltou Parnes. "O que importa é entender como funciona a organização alvo, dominar a linguagem e a cultura."


Entrada de IA no cenário
Parnes alertou que a adoção de sistemas baseados em inteligência artificial está revolucionando o campo do ataque cibernético. Essas ferramentas permitem gerar relatórios completos sobre indivíduos e organizações, além de facilitar a criação de emails phishing convincentes e sites falsos.

"Isso torna os ataques significativamente mais escaláveis", concluiu Parnes. "E é isso que me preocupa mais do que os tradicionais zero-days."

É impressionante como, em vez de investir em armas cibernéticas avançadas, esses grupos se concentram em técnicas que exploram a humanidade das vítimas. A engenharia social parece ser o futuro dos ataques cibernéticos... ou pelo menos o presente.
Fonte original: theregister.com

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