Brasil responde à tarifa dos EUA com firmeza e rejeita interferência na Justiça
O Advogado-Geral da União, Jorge Messias, criticou duramente a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre exportações brasileiras. Em artigo publicado no The New York Times, Messias destacou que a medida é não só desproporcional, mas também contrária às regras do comércio justo.
Trump justificou as tarifas mencionando o processo judicial contra Jair Bolsonaro no inquérito da trama golpista. No entanto, Messias ressaltou que o governo brasileiro rejeita qualquer interferência externa em seus processos judiciais. "O Brasil responde a esses desafios com respeito à lei e ao nosso mandato constitucional de defender o interesse nacional", declarou.
Segundo dados do governo americano, o superávit comercial dos EUA com o Brasil em 2024 foi de US$ 7,4 bilhões. Quando incluídos os serviços, esse valor chega a US$ 28,6 bilhões, colocando o Brasil como o terceiro maior contribuinte para o superávit comercial global dos EUA.
Messias também destacou que as acusações de Trump sobre "informações falsas" e censura a empresas de tecnologia americanas são infundadas. "Nossa parceria resistiu a crises econômicas e transições políticas graças aos nossos valores compartilhados: democracia, respeito ao Estado de Direito e cooperação internacional", completou.
Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém seu compromisso com uma relação construtiva e pragmática com os Estados Unidos, baseada no respeito à soberania e à legalidade.
