China e Rússia se distanciam de Irã diante das sanções: entenda os reais motivos

Após semanas de ser atingido por inúmeras ofensivas israelenses e os Estados Unidos bombardeando suas instalações nucleares estratégicas, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, participou de uma reunião de diplomatas regionais na China. Ele pediu que a Organização de Cooperação de Xangai (SCO), apoiada por Beijing e Moscou, fosse mais ativa em coordenar respostas a agressões militares.
Sua mensagem foi clara: a organização deve desempenhar um papel central em lidar com tais ameaças. No entanto, seu pedido não recebeu endosso direto da organização, que inclui membros como China e Rússia, mas também rivais como Índia e Pakistão.
Enquanto isso, o Irã expressou desapontamento público: durante seu momento de necessidade, quando Israel e os EUA atacavam indiscriminamente, seus 'amigos poderosos' na China e Rússia pareceram limitar-se a observar.
Em reuniões com autoridades chinesas, Araghchi agradeceu o apoio de Beijing, mas as respostas da China e da RÚSsia foram tênues. Enquanto isso, os EUA acusaram Moscou e Beijing de formar um 'eixo' anti-americano, incluindo Irã, Coreia do Norte, China e Rússia.
- A China se concentra em promover sua imagem como uma força econômica global sem ambições hegemônicas;
- Seu envolvimento militar na região é limitado a uma base naval no Quênia;
- Beijing recusa-se a assumir um papel mediador no conflito Israel-Irã.
A atuação da China reflete mais seu interesse econômico do que político. Apesar de fortes laços comerciais, o Irã não é prioridade estratégica para Beijing, que prefere preservar relações com os EUA e israelenses.