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Saúde

Entendendo a Gaita Autista: Como o Autismo Afeta a Marcha das Pessoas

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Recentemente, pesquisadoras da Universidade Monash, incluindo a professora de Psicologia Clínica Nicole Rinehart, a pesquisadora Chloe Emonson e a Neuropsicóloga Clínica Ebony Renee Lindor, publicaram um estudo na plataforma The Conversation Brasil sobre como o autismo afeta a marcha das pessoas.


O que é gait?

A "gait" ou marcha refere-se à maneira peculiar de andar e se movimentar. No contexto do autismo, essas diferenças na marcha já foram listadas no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais como uma característica de apoio ao diagnóstico.


Diferenças identificadas nas pesquisas:
  • Mudanças na velocidade e comprimento das passadas;
  • Incertezas na postura corporal;
  • Problemas de equilíbrio, coordenação e estabilidade postural.

Essas diferenças estão ligadas a alterações no desenvolvimento do cérebro, especialmente em áreas como os gânglios basais e o cerebelo. Enquanto os gânglios basais coordenam movimentos sequenciais, o cerebelo ajusta movimentos baseando-se em informações visuais e sensoriais.


Impacto do autismo na marcha:

Apesar de algumas teorias apontarem para um atraso no desenvolvimento como causa das diferenças na marcha, estudos recentes mostram que essas características persistem ao longo da vida e podem até se acentuar com idade.


Quando o apoio é necessário?

Não todas as diferenças na marcha requerem intervenção. O tratamento é indicado somente quando essas dificuldades afetam a rotina diária da pessoa. Para crianças, atividades como esportes e dança têm se mostrado promissoras em melhorar habilidades motoras.


Conclusão:

Embora ainda haja muito para descobrir sobre as diferenças na marcha de pessoas com autismo, é encorajador ver que a atividade física pode melhorar habilidades sociais e comportamentais. Os programas implementados em escolas, como o Joy of Moving Program, são exemplos de iniciativas que promovem o desenvolvimento motor em um ambiente inclusivo.

Que surpresa! Quem diria que andar de forma peculiar poderia ser tão fascinante? Agora entendemos melhor como o autismo influencia a marcha das pessoas. Talvez, para compreender ainda mais, só precisássemos de um curso de dança... ou quem sabe uma aula de giro na pista de skate.
Fonte original: metropoles.com

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