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Economia

Estudantes ricos fraudulentamente obtêm bolsas em universidade pública

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Em meio a uma investigação que envolve estudantes ligados a famílias milionárias, a Polícia Civil de Santa Catarina descobriu que um jovem de família bilionária recebeu uma bolsa para o curso de direito na Universidade Gratuita.

Segundo as autoridades, o jovem declarou uma renda familiar bruta de R$ 3,8 mil mensais, apesar de pertencer a uma família dona de um conglomerado com patrimônio estimado em quase R$ 1 bilhão.

Entre os 130 estudantes identificados como beneficiários irregulares, há casos de famílias que possuem imóveis avaliados em mais de R$ 30 milhões, empresas com capital social superior a R$ 10 milhões e até lanchas e carros de luxo.

As irregularidades são mais frequentes em cursos de alto custo, como medicina e direito. O programa permite renda familiar per capita de até oito salários mínimos para essas áreas, tornando-o mais atrativo para alunos de maior poder aquisitivo que buscam se beneficiar indevidamente do subsídio.

Um relatório do Tribunal de Contas estima que as fraudes possam ter causado um rombo de R$ 324 milhões aos cofres públicos. A investigação, iniciada após denúncias doTribunal de Contas do Estado de SC (TCE-SC), revelou inconsistências nas inscrições e indícios de ocultação de bens e manipulação de declarações de renda.

A Polícia Civil já solicitou mandados de busca e apreensão para confrontar as informações. O governo estadual adotou um novo sistema de checagem de dados, capaz de cruzar informações patrimoniais em menos de 24 horas,投入使用 nas inscrições do segundo semestre de 2025.

A Secretaria de Educação informou que as universidades foram notificadas para revisar imediatamente as matrículas de cerca de 700 estudantes com indícios mais graves de fraude. Se confirmada a irregularidade, as bolsas serão canceladas e os valores devolvidos ao Estado.

Além das medidas administrativas, a Polícia Civil investiga possíveis responsabilidades criminais por falsidade ideológica, estelionato e formação de associação criminosa. Os envolvidos podem responder judicialmente e perder o benefício. O TCE-SC também recomendou que os casos suspeitos sejam enviados ao Ministério Público e à Receita Federal para rastrear a origem do patrimônio omitido.

Mais um exemplo de como o sistema brasileiro é vulnerável a fraudes. É incrível como pessoas de alto poder aquisitivo conseguem se aproveitar de programas destinados a quem realmente precisa. Será que ninguém percebe que essas 'enganadas' só prejudicam quem está no lugar certo?
Fonte original: metropoles.com

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