Estudo revela que secas prolongadas no sudoeste dos EUA podem durar até 2100

Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade do Texas em Austin sugere que a seca no sudoeste dos Estados Unidos pode durar o restante do século XXI e Potencialmente além, devido ao aquecimento global que altera a distribuição de calor no Oceano Pacífico.
Os cientistas analisaram corés de sedimentos coletados nas Montanhas Rochosas, registros paleoclimáticos e modelos climáticos. Eles descobriram que as emissões de gases de efeito estufa podem alterar os padrões de calor atmosférico e marinheiro no Pacífico Norte de forma semelhante à fase negativa da Osciilação Decadal do Pacífico (PDO, na sigla em inglês), um fenômeno que reduz as precipitações de inverno no sudoeste dos EUA.
"Se os padrões de temperatura superficial do mar no Pacífico Norte fossem apenas resultado de variabilidade estocástica nos últimos anos, nós teríamos sido extremamente sortudos", disse Victoria Todd, autora principal do estudo e doutoranda em geociências na Universidade do Texas.
A região já enfrenta uma megassaca que está secando o território há décadas, resultado da mudança climática e do consumo excessivo de água. Essa situação afeta rios como o Colorado e o Rio Grande, reduzindo seus fluxos e os estoques d'água subterrânea.
Os pesquisadores também descobriram que os modelos atuais de clima subestimam as condições de seca. Eles esperam encontrar melhores maneiras para prever a aridificação no futuro.