Eswatini recebe deportados dos EUA e população explode em protestos

Em países africanos, incluindo o pequeno país de Eswatini, indignação explodiu com a chegada de deportados dos Estados Unidos. O governo confirmou que migrantes descritos por um porta-voz do Departamento de Segurança Nacional como 'monstros depravados' foram enviados para suas prisões.
Eswatini, tamanho aproximado do New Jersey e governada por um monarca com poder absoluto, está enfrentando uma situação controversa. Cinco deportados dos EUA estão detidos em unidades isoladas nas suas prisões, segundo a porta-voz do governo Thabile Mdluli, que admitiu 'preocupações generalizadas' mas insistiu que os homens 'não representam ameaça para o país ou seus cidadãos'.
Mdluli não revelou quanto tempo os homens ficarão em Eswatini, mas destacou que 'engajamentos críticos entre os stakeholders ainda estão acontecendo'. Ela havia dito anteriormente que a deportação foi o resultado de meses de negociações robustas entre os EUA e a nação sul Africana.
Critics argumentam que é inaceitável que Eswatini seja tratada como 'um depósito' para pessoas consideradas indesejáveis nos EUA. Enquanto a administração Trump tem feito deportações massivas para prisões de El Salvador, o governo americano também vem negociando quietamente acordos com vários países africanos para receber deportados de outros países.
Além disso, a situação em Eswatini está gerando protestos. A população vê o país sendo usado como 'um terceiro país seguro' e critica a medida por considerar que os detidos representam riscos. O país, com pouco mais de um milhão de habitantes, já luta contra pobreza, desemprego, taxas de crime elevadas e presídios congestionados.
Organizações como a HRW apontam que os direitos humanos estão deteriorando no país, após ondas de repressão contra movimentos pró-democracia. Mais da metade da população vive com menos de US$4 por dia, segundo o Banco Mundial.