Google processa 25 pessoas na China por criarem botnet BadBox 2.0 que infectou mais de 10 milhões de dispositivos

A Google entrou com uma ação judicial contra 25 pessoas não identificadas na China, acusando-as de invadir mais de 10 milhões de dispositivos em todo o mundo para criar um botnet chamado BadBox 2.0 e usá-lo para cometar outros ciberataques e fraudes.
Segundo a ação, até abril de 2025, o BadBox 2.0 consistia em mais de 10 milhões de dispositivos infectados baseados no Android, incluindo TVs de streamming, tablets, projetores e sistemas de entretenimento para veículos pós-venda. A Google afirma que este é o maior botnet de TV conectada já descoberto e que ele transcende apenas TVs para incluir outros dispositivos.
A empresa disse que a ação judicial permitirá desmantelar a operação criminosa por trás do botnet, impedindo que continuem cometendo crimes e fraudes. Além disso, a Google tem uma motivaçãoSelfish: a ação acusa o BadBox de interferir nas relações com seus usuários, danificar sua reputação e prejudicar o valor de seus produtos e serviços.
Embora seja pouco provável que o processo leve os acusados à responsabilidade, pois estão na China e o país raramente permite extradições para os EUA, a Google está trabalhando com empresas como Trend Micro, Human Security e Shadowserver Foundation para combater o botnet.
A primeira infecção do BadBox ocorreu em 2022, infectando cerca de 74.000 dispositivos de TVs Android não autorizados. Desde então, a Human Security ajudou a desativar a infraestrutura de fraude publicitária e servidores C2. No entanto, o botnet continua a evoluir e expandir.
A ação judicial detalha como o BadBox funciona, chamando-o de "BadBox 2.0 Enterprise", e inclui vários grupos responsáveis por diferentes partes da operação, como desenvolvedores de malwares e esquemas fraudulentos.