Israel e o genocídio em Gaza: O debate jurídico e político

De acordo com a Convenção de 1948, o genocídio exige tanto atos criminosos materiais quanto uma intenção genocida. Enquanto o primeiro elemento é estabelecido em Gaza, a existência do segundo divide os juristas. Uma queixa contra o Estado israelense foi apresentada pela África do Sul perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia.
Os historiadores oferecerão suas interpretações no futuro, mas o que dizer dos juristas? Diante da questão de saber se um genocídio está ocorrendo ou já foi cometido contra os palestinos na Faixa de Gaza pelo Israel, quase todos têm uma opinião. Eles se confrontam em artigos jornalísticos e revistas acadêmicas.
Desde que Emmanuel Macron declarou que não é responsabilidade de um político usar o termo 'genocídio', mas sim dos historiadores, o debate intensificou-se. O presidente evitou aprovar ou reprovar o uso do termo, transferindo a responsabilidade para os acadêmicos e o tempo longo.
Contudo, o assunto não é apenas uma questão de interpretação histórica. É principalmente uma matéria jurídica envolvendo promotores, juízes de instrução e advogados que trabalham com quebras de processos, ações e recursos já apresentados. Recentemente, o Parquet Nacional Antiterrorista Francês pediu a abertura de um inquérito judicial após uma queixa por 'complicidade em genocídio' e 'incitação direta ao genocídio' contra ativistas franco-israelenses que impediram o transporte de ajuda humanitária para Gaza em 2023, 2024 e 2025.
Apenas a instrução dirá se houve complicidade e, consequentemente, genocídio. No entanto, isso pode levarSeveral years.