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Política

Ministério do Esporte suspende repasses a associação suspeita de irregularidades

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O Ministério do Esporte suspendeu os repasses de verbas para a Associação Moriá, uma organização suspeita de irregularidades. Parlamentares do Distrito Federal destinaram R$ 53 milhões em emendas para a entidade, dos quais R$ 46 milhões seriam destinados a um projeto gamer que teria como objetivo ensinar jovens a jogar games como Free Fire e League of Legends.


A coluna Grande Angular, do site Metrópoles, revelou que a Associação Moriá, uma organização da sociedade civil (OSC), registrou como diretores pessoas sem qualificação técnica, incluindo um motorista e uma esteticista. O endereço oficial da instituição também estava vazio.


Entre 2023 e 2024, deputados e senadores do DF enviaram R$ 53 milhões em emendas para a entidade – R$ 46 milhões para custeio de um projeto gamer que ensinaria jovens a jogar games como Free Fire e LoL.


Em nota, o Ministério do Esporte declarou que nenhum repasse será feito para a associação até que os fatos estejam esclarecidos. "Nesse momento, embora a emenda de bancada do DF seja de execução obrigatória, por decisão do ministro do Esporte, todos os pagamentos dos projetos relativos à Associação Moriá estão suspensos", disse a pasta.


Com base nas informações divulgadas pelo Metrópoles, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino cobrou explicações da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Congresso Nacional. Dino informou, no despacho, que esses fatos podem impedir o pagamento das emendas parlamentares àAssociação Moriá.


Para acessar a verba milionária, a OSC apresentou ao Ministério do Esporte um projeto técnico-pedagógico no qual afirma que criaria 29 salas gamers em espaços cedidos pela Secretaria de Educação, que também faria a inscrição de alunos da rede pública para as aulas de games. No entanto, a pasta distrital nega ter aprovado qualquer proposta da ONG.


Segundo o Ministério do Esporte, a responsabilidade pela veracidade das informações apresentada pela ONG é da própria entidade e que a pasta cumpre a legislação. "O rito de fiscalização é cumprido sempre com responsabilidade e rigor", afirmou.

Que ironia! Enquanto o Ministério do Esporte suspende os repasses para uma associação suspeita, o dinheiro público já está nas mãos de quem não parece ter a mínima qualificação para administrá-lo. Será que alguém vai explicar como é que um projeto gamer ensinaria jovens sem que ninguém fiscalizasse tais movimentações? Afinal, é dinheiro do povo brasileiro, né?
Fonte original: metropoles.com

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