Netflix lança primeira série com IA gerativa: o que isso significa para o futuro da TV?

A Netflix revelou recentemente que utilizou inteligência artificial (IA) gerativa em uma série original e escrita, marcaando um marco na indústria do entretenimento. Durante uma ligação com investidores, o CEO Ted Sarandos confirmou que a produção da série 'The Eternaut', estreada em abril deste ano, incluiu cenas criadas por IA. Isso incluiu uma sequência de efeitos visuais de um prédio desmoronando em Buenos Aires.

Os benefícios da IA gerativa foram destacados por Sarandos, que mencionou que a produção foi concluída 10 vezes mais rápido do que o método tradicional e com um custo significativamente menor. Apesar disso, ele ressaltou que a qualidade final impressionou os espectadores, o que sugere que a tecnologia pode revolucionar a indústria.

A Netflix não apenas está explorando a IA para efeitos visuais, mas também para personalização de recomendações e até para publicidade. Greg Peters, outro CEO da empresa, mencionou a possibilidade de permitir que os usuários busquem recomendações por meio de comandos conversacionais, como 'Quero assistir um filme dos anos 80 de suspense psicológico'. Essa tecnologia pode melhorar a experiência do usuário e reter mais espectadores.

Além disso, Sarandos defendeu que a IA não substitui a criatividade, mas sim a amplia. Ele comparou o uso de IA em filmes e séries à evolução da animação computarizada, onde a tecnologia permitiu um maior número de profissionais na área.

No entanto, o debate sobre IA gerativa no entretenimento ainda gira em torno de questões éticas, como a substituição de empregos e o impacto na criatividade humana. A indústria precisa encontrar um equilíbrio entre o uso da tecnologia para melhorar os produtos e preservar a autenticidade das histórias.