O Homem de Aço Retorna aos debates da cultura pop

Apesar de ser considerado o super herói mais humano da pop culture, o Homem de Aço está no centro de uma nova polêmica. Desde discussões sobre sua posição imigratória até alegações de que um subtrama do novo filme foi usada para aludir à guerra israelense em Gaza, as redes sociais estão repletas de comentários sobre o personagem interpretado por David Corenswet.
Superman e os debates culturais
A controvérsia não é nova. Nos anos 1950, o Dr. Fredric Wertham, um psiquiatra e crítico da indústria dos quadrinhos, publicou um livro chamado Sedução das Almas Inocentes, onde acusava os comics de promover a delinquência juvenil. Para Wertham, Superman representava valores fascistas e incitava crianças a adotar uma mentalidade de superioridade genética.
Hoje, o Homem de Aço volta a ser pauta em debates culturais, com analistas comparando sua imagem ao contexto político atual. Até mesmo o governo dos Estados Unidos entrou na discussão, publicando um meme do presidente Trump vestido como o herói.
Da era das HQs à era moderna
Enquanto os quadrinhos de crime e horror dos anos 1940 e 1950 eram acusados de promover a violência, Superman foi resgatado como um ícone moral. Sua imagem associada à justiça e ao socialismo ajudou a redefinir sua posição na cultura pop. Até mesmo James Gunn, diretor do novo filme, destacou que a versão atual do herói é uma homenagem à bondade em um mundo cada vez mais cínico.
O legado de Wertham e o futuro de Superman
Enquanto os críticos modernos ironizam as acusações de Wertham, é inegável que seu impacto foi significativo. A adoção do Comics Code Authority, uma espécie de código de conduta para HQs, ajudou a redefinir o gênero e aposentou os quadrinhos de crime. Hoje, Superman é visto como um símbolo de inocência e justiça.
Com a entrada do personagem no domínio público em 2034, é possível que ele volte a ser usado para agendas políticas variadas. Até lá, sua imagem de herói humilde e decente continua a cativar os fãs.