Economia
UE prorroga suspensão de retaliações contra tarifas dos EUA até agosto
Por IGV Blog
13/07/2025

A União Europeia (UE) decidiu prorrogar a suspensão de medidas retaliatórias contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos até o início de agosto, conforme anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A decisão foi tomada em resposta às ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor taxas de 30% sobre as importações da UE a partir de 1º de agosto. Apesar de meses de negociações intensas, as tarifas americanas seguem dividindo opiniões no bloco europeu. Von der Leyen destacou que a UE continuará preparando contramedidas para garantir que esteja totalmente pronta caso as negociações fracasse. Um pacote inicial de retaliação, que afetaria 21 bilhões de euros em produtos americanos, havia sido suspenso por 90 dias no mês passado. Outro pacote, avaliado em 72 bilhões de euros, está em andamento desde maio, mas ainda não foi divulgado oficialmente. A presidente da Comissão Europeia também ressaltou que o uso do Instrumento Anticoerção da UE, criado para casos excepcionais, ainda não está em discussão. Enquanto isso, Trump reforçou sua posição Hardline, enviando cartas a vários líderes globais, incluindo a UE e o México, informando sobre taxas de 30% para esses países e ameaçando medidas mais severas caso não haja acordo comercial. O presidente americano também destacou os déficits comerciais persistentes entre os Estados Unidos e a UE, acusando políticas tarifárias e não tarifárias do bloco europeu. Em resposta, von der Leyen advertiu que as tarifas de 30% podem prejudicar cadeias de suprimentos transatlânticas essenciais, afetando empresas, consumidores e pacientes de ambos os lados do Atlântico. A UE segue comprometida em buscar uma solução negociada até o prazo limite de 1º de agosto, mas está preparada para adotar contramedidas proporcionais se necessário. Países como a Itália e Holanda já manifestaram apoio às negociações intensificadas, enquanto o México continua dialogando com os EUA para evitar um aumento nas taxas.