Jogadoras da WNBA usam protesto em camisetas para cobrar melhores salários

As principais jogadoras da WNBA, liga profissional de basquete feminino dos Estados Unidos, utilizaram o jogo das estrelas no último sábado, em Indianápolis, para expressar seu descontentamento com a liga. Durante aquecimento, todas as jogadoras dos times Clark e Collier vestiram camisetas com a mensagem 'Paguem o que nos devem', alongados com o logotipo da WNBPA, sindicato das jogadoras.
A iniciativa foi anunciada nas redes sociais durante o jogo, informando que as camisetas estavam à venda. O movimento ocorreu após a reunião presencial na quinta-feira, onde não houve acordo coletivo de trabalho entre as jogadoras e a liga. As atletas optaram por não participar do último contrato, buscando melhores condições como aumento de salários, melhor divisão de receitas e um teto salarial mais flexível.
Comparação salarial:
- Mínimo anual para calouras selecionadas: US$ 66 mil (R$ 368,7 mil) na WNBA vs. US$ 1,1 milhão (R$ 6,4 milhões) no NBA
- Divisão de lucros: 50% na NBA vs. 10% na WNBA
Muitas jogadoras precisam jogar fora do país durante as férias da liga, como na Europa ou Ásia. A presidente da WNBPA, Nneka Ogwumike, destacou a inspiração e engajamento das jogadoras, ressaltando que o protesto é apenas o começo de uma série de ações para reivindicar melhorias.
Após o fracasso nas negociações, algumas estrelas como Napheesa Collier e Angel Reese não descartaram a possibilidade de uma greve. Atualmente, a WNBA conta com duas brasileiras: a pivô Kamilla, do Chicago Sky, e a ala-pivô Damiris, do Indiana Fever.